"Lisboa Romana | Felicitas Iulia Olisipo é um projeto sobre a presença romana em Lisboa e na Área Metropolitana (AML), que pretende ser uma referência no âmbito da investigação e conhecimento relativo a este período e, ao mesmo tempo, dar a conhecer ao público todo este património.
Neste momento, decorrem várias escavações arqueológicas nesta região, que têm permitido ampliar o conhecimento sobre o funcionamento e a vida na antiga Felicitas Iulia Olisipo, nome dado pelos romanos ao município cuja área correspondia sensivelmente à atual AML. Para potenciar esse conhecimento do ponto de vista científico e do ponto de vista turístico, o projeto Lisboa Romana prevê a criação de uma rede local, envolvendo responsáveis, públicos e privados, como universidades e centros de investigação, e de uma rede metropolitana que inclui, além de Lisboa, 20 municípios: Alcochete, Alenquer, Almada, Amadora, Arruda dos Vinhos, Barreiro, Cascais, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Sintra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.
No âmbito do projeto, vai ser também promovida a valorização e musealização do Criptopórtico, na Rua da Conceição, em Lisboa, um dos monumentos romanos que mais curiosidade desperta aquando da sua abertura anual ao público. Estão previstas também exposições, conferências, roteiros, entre outras iniciativas, e, a longo prazo, a criação de uma Rede Internacional que ligue as cidades com presença destes vestígios, em toda a extensão do antigo Império Romano, de Portugal a Israel.
Evolução da Lisboa Romana Apesar de não ser conhecida qualquer descrição da Lisboa romana, sabe-se que foi um importante centro urbano. Tinha estatuto de cidade semelhante às cidades da metrópole, distinção que raramente era concedida. Desse tempo, subsistem hoje vestígios na colina sul do castelo (onde foi erguido um Teatro), na Praça da Figueira (local da necrópole), na Praça D. Pedro IV (localização do circo) e em vários pontos junto ao rio, desde a Rua do Ferragial ao Campo das Cebolas. Com o fim do Império, a metrópole romana foi absorvida e desmantelada para dar lugar à cidade medieval e, após o terramoto de 1755, à Lisboa Pombalina. Mas o interesse pela cidade romana nunca se perdeu, ganhando um novo impulso em meados do século XX, com a realização de várias campanhas arqueológicas e o início de projetos para a preservação e recuperação dos principais vestígios.
Informações: Departamento de Património Cultural da Câmara Municipal de Lisboa - 218173116"
Texto in [ http://www.cm-lisboa.pt/zonas/centro/noticias/detalhe-da-noticia/article/lisboa-romana-felicitas-iulia-olisipo ]